quinta-feira, 18 de setembro de 2008

"O sofrimento é o intervalo entre duas felicidades" - Vinícius de Moraes, O cara.

A fidelidade é a maior prova de amor que pode existir... Escutei isso na novela ontem (sim, assisto novela, algumas, e gosto, de algumas). É verdade, mas e quando a fidelidade não é reconhecida?

É como entregar um bouquet (acho que é assim que escreve) de rosas para aquela mocinha e ela simplesmente olhar e dizer obrigado, meio chocho, e você pensa então que aquilo não foi impactante, que não surtiu o efeito necessário. Ai você entrega à ela, um caminhão de rosas. A reação é a mesma. Ai você pensa que talvez um mar de rosas consiga mover aquela pedra, ai leva um bom tempo coletando todas das rosas do mundo (isso pode levar a uma crise como a crise das tulipas), e as entrega a sua mocinha, e a reação é a mesma.

O pensamento que me vem a mente, é que todo mundo já entregou um mar de rosas a essa mocinha e ela acha isso normal, natural, quase uma obrigação sua. Ou que aquilo não passa de um ato machista e impositor de uma sociedade mais machista ainda. Mas esse pensamento está descartado, a mocinha não é feminista, talvez nem saiba o que é ser feminista, mas isso é outra história.

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Eu sou do tipo que se apaixona.

E se apaixona de um jeito idiota. Rápido demais.

Isso pode parecer bom, mas não é. eu me apaixono não pela pessoa, mas pelo que eu acho que a pessoa é ou possa ser. Aí que fode tudo, porque quando você conhece a pessoa direito e vê que ela não é nem a metade daquilo que você idealizou, já é tarde demais.

Eu sou do tipo que se faz apaixonar.

E sou do tipo que se faz apaixonar de um jeito idiota.

Entrego flores, gravo cds com as músicas prediletas. Conheço os pais, dou presente pro sogro, tento conquistar o cachorro. Não sou do sujeito que se acha, não sou encantador, não sou bonito. Mas aprendi que o amor é uma coisa que se conquista diariamente, de todas as formas possíveis. E faço isso. Conquisto, invento jogos, agrado.

Eu sou do tipo que sofre.

E sofre de um jeito idiota.

A melhor maneira de um apaixonado idiota manter seu vício de paixão, é fazendo a outra pessoa se apaixonar, tão rápido seja o possível. Aí que mora o perigo. A pessoa se apaixona, mas quando isso acontece, já não vale mais a pena.

É quando começa o sofrimento. Uma espécie de sentimento de culpa corrói a alma. É tão difícil abandonar aquela pessoa, a qual, julgo, faz de mim seu objeto da mais ardorosa paixão. Pode parecer pena, mas na verdade é o medo de se sentir culpado depois. Medo de gerar uma angústia tão profunda no outro. Medo de que o outro perca o desejo da paixão pelo resto da vida. Medo de que o outro perca a crença no amor.

Ai me enrolo, finjo que gosto, forço que gosto, tento encontrar um amor que já não existe mais em mim. Porque acho que se eu deixar essa pessoa, vou sair como mentiroso.

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Estou numa situação que está me deixando em frangalhos e eu não faço a mínima idéia de como sair dela...