É foda.
Essa frase faz parte de mim já de tanto que eu a repito na minha vida. Se alguma coisa vai mal, digo é foda, meio tristonho, meio cabisbaixo. Se a coisa é boa, digo todo animado: É foda, a plenos pulmões. Se alguém me conta alguma história, triste ou alegrem e eu não entendo bem, ou to com preguiça de argumentar ou simplesmente sei que a pessoa não concorda com meu ponto de vista e nem ai entender isso, concordo dizendo: é foda.
Mas dessa vez não é foda, TÁ FODA. To cansado.
To estressado.
To precisando de um tempo do meus sentimentos. To esbugalhado de verdade. Nunca estive assim. Amei demais, muito mais do que devia, "nunca deixe as pessoas se aproximarem demais de você" me disseram isso um dia e ontem vi num filme, Juventude Assassina, meio fraquinho, mas interessante ao mesmo tempo. Deixei ela se aproximar demais do velho Andy. Mostrei pra ela todas as minhas feridas, pra segundos depois eu ter que escondê-los de novo. Culpa minha, pré conceituei uma pessoa e encontrei outra e a tempos não caia nesse equivoco.
Quando isso acontece, crio expectativas demais, fantasio uma vida inteira, e vivo nessa esquizofrenia forçada, enxergando apenas aquilo que me agrada.
Decepcionei-me. Ela não pode me dar aquilo que eu queria. A realidade não condisse com o que eu esperava, e mais uma vez cai.
Eu não uso pára-quedas, então caio rápido, e eu não uso aquelas cordas de bunge jump, não tem volta. Posso tentar escalar, mas já desci uma vez e subi de novo, agora já estou cansado pra subir mais uma vez de novo outra vez.
Eu não sei como eu estou, deixei as máscaras de lado por um tempo. Estou normal, e a maior parte das pessoas que eu convivo, nos últimos três anos pelo menos, não conhecem a minha cara sem máscara. Como um palhaço sem maquiagem, eu perco a graça, eu fico chato. Eu fico como eu sou. Eu to muito cansado.
Não sinto vontade de chorar, não consigo, nem sei se choro quando eu sou eu mesmo. Não sinto vontade de brigar. Não sinto saudade, nem amor, nem desamor.
Não é um vazio, porque vazio faz falta, é apenas nada. Normal.
Não é tristeza. É que sou assim sem máscara.
Uma única vontade me guia agora. Novo piercing e terminar minha tatuagem.
Talvez seja a necessidade de auto flagelação, quem vai saber, só sei que assim vou me acalmar. Talvez eu faça um furo ou dois hoje ainda. Talvez eu chore, talvez eu de risada.
Mas o mais provável é que eu não faça nada. Absolutamente nada até amanhã de manhã. Ou até o resto da semana.
Só sei que a única certeza que eu vou levar dessa fase de novo é que nunca mais vou criar expectativas sobre ninguém. As pessoas são decepcionantes.
E eu também sou uma pessoa, sou decepcionante, mas eu sei e assumo isso.
Não se preocupem. Solidão é a única coisa que eu preciso agora. Eu sei lidar com o que estou sentindo, não tente dar uma de médico, porque não estou doente, só estou sendo eu mesmo. Simples assim, eu me auto medico. Não quero nada.
Quando os cortes da cara estiverem cicatrizados, eu coloco a máscara de novo e peço desculpas, por enquanto, me deixem em paz um pouquinho.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
sábado, 16 de agosto de 2008
Bailado...
Não Sei Dançar (na voz de Marina Lima - não tenho certeza se ela é a compositora)
Às vezes eu quero chorar
Mas o dia nasce e eu esqueço
Meus olhos se escondem
Onde explodem paixões
E tudo que eu posso te dar
É solidão com vista pro mar
Ou outra coisa pra lembrar
Às vezes eu quero demais
E eu nunca sei se eu mereço
Os quartos escuros pulsam
E pedem por nós
E tudo que eu posso te dar
É solidão com vista pro mar
Ou outra coisa pra lembrar
Se você quiser eu posso tentar mas
Eu não sei dançar
Tão devagar pra te acompanhar
Não precisa dizer muito mais......
sábado, 9 de agosto de 2008
Tudo vem ao seu tempo. Não ao seu tempo, não ao meu.
Meu tempo corre, meu tempo é o agora, meu tempo é a cada segundo uma virada, uma guinada, um chute e talvez um acerto, a sapiência não é uma dádiva, é um infortúnio. Saber os sinais que nos mostra o caminho certo podem nos atrapalhar mais do que ajudar, essa sapiência atrapalha, nos torna preguiçosos, esperançosos no irreal, crentes na "providência divina" (seja qual for a divindade escolhida).
Se existe um deus (ou vários), ele é mal. Então prefiro não acreditar na existência dele. Prefiro brigar pelo que eu quero ao invés de esperar que ele me dê algo.
O meu tempo é de guerra, é de briga.
O meu tempo é incompativel com o teu.
Teu relógio está atrasado.
E o meu adiantado.
Teu tempo é o será, o meu é o já foi.
Esperar as coisas estarem certas para iniciar um projeto é o erro das más construções da alma. Não se pode ter duas almas perfeitas lado a lado, tem-se que tê-las imperfeitas, porque perfeitas não se encaixam, em construção se moldam uma a outra.
Eu não sou perfeito, nunca fui e de certo modo busquei a imperfeição como modo de vida, porque o perfeito se mantém, eu mudo, e volto, e digo e desdigo.
Falo e desfalo, prometo e desprometo, prometo e não cumpro, cumpro o que não prometo.
Vivo.
Erro.
Minto.
Sou sincero.
Melhoro minhas verdades.
Sou uma rocha.
Sou uma bosta mole.
A verdade absoluta pra mim é uma incongruência, por isso mudo de idéia assim que novos fatos surgem para clarear minhas dúvidas, vivendo assim minhas certezas não se desmoronam, porque não as tenho. Tenho consciência do que sou, um tudo ao mesmo tempo que nada, uma inconstancia, uma mistura de um monte de coisa que forma o nada. Um cérebro acordado e uma alma insaciável. Uma minhoca num buraco de tatu.
A sintonia é mais impotante que o amor, ela nos faz ter objetivos comuns, ela nos faz querermos coisas que agradem a nós dois, porque agradando a um, agradamos ao outro também,
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