segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O UNIVERSO PARTICULAR ou O FIM DO MUNDO DE CADA QUAL.

O fim do mundo pode ser vivido e visto de várias maneiras. Cada qual com o seu. Vejamos a semana. Na segunda meu mundo começa. Acordo, mal humorado, ando de ônibus, chego ao trabalho e percebo que o universo de outras pessoas tambem começou. Me divirto, me estresso, trabalho muito, e durante todos os dias da semana, grandes tragédias acontecem, grandes vitórias tambem. Evoluo até o máximo (com uma piada nova ou um novo atalho). Ai chega a sexta-feira, catastrófica como todo fim do mundo. Tudo explode, os nervos são testados ao extremo, o tempo se distorce (a hora não passa), a impaciência, a descrença, o amor, o ódio, tudo se embola num negócio só que a gente nem vê o que é e de repente.... O silêncio mais barulhento que se tem, o som do vácuo, o silêncio da explosão. E tudo acaba, tudo não tem importância. Acabou o mundo.
Sábado e domingo não contam, são hiatos, apenas dias de esquecer que um dia um universo existiu e pensar como seria bom começar um universo.
No meu universo particular vivem coisas que só eu vejo, só eu converso. E as vezes penso se não imagino isso tudo. Mas convenhamos, o que é a realidade senão a mistura dos nossos sentidos armazenada no que chamamos de memoria. Não há como provar o que é real. Então ficção ou realidade, não importa, não quero mais usar isso.

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