domingo, 9 de fevereiro de 2014

Ai hoje, fui no Bola 13 pra curtir o som da Mario´s Mustache, a banda do meu irmão. Eles mandam bem pacas, apesar de não conseguirem ver isso.

Curti Rock Jamp, e Garimpeiros da Lua também.

O engraçado foi que o depois de sair, resolvi dar uma volta de carro por alguns lugares do centro da cidade. Como todo centro de qualquer cidade, estava morto, sem ninguém nas ruas.
Porém, continuei, fui pela Avenida München, e lembrei como aquilo era lotado quando eu era mais novo, e lembrei de um fato bem marcante na minha vida, que apesar de ser marcante, eu havia esquecido.

Quando fiz 18 anos, eu estava com ela. Ela tinha 17, e eramos jovens, alegres, sem nada pra se preocupar. Ganhei uma festa surpresa. Lembro que quando cheguei em casa, ela estava arrumada me esperando e eu não entendi porque. Enfim, muitos amigos, verdadeiros amigos, estavam aqui. Fizemos um churrasco e fomos de Kombi para a Avenida Münchem, eu queria beber e me divertir. A Kombi era do vizinho e quem me convenceu a ir foi uma amiga, uma verdadeira amiga.

Bom, fomos até o Bola 8 que nem existe mais. Curtimos um Rock'n'Roll, jogamos sinuca, apesar de eu nunca ter sido bom nisso. E saímos, eu e ela queriamos um lugar especial para comemorarmos meu aniversário.

Na saída, um cara olhou pra ela e disse: larga esse babaca e vem sentar no meu colo. Eu não ouvi essas palavras, ela me contou na esquina posterior. Eu tinha visto ela cumprimentar o cara e ele ter falado alguma coisa no ouvido dela. Mas não dei bola na hora.

Bom, quando ela me contou isso, eu fiquei louco, falei a ela que voltaria e espancaria o cara até ele pedir pinico. Ela me disse que era uma loucura, que eu quem apanharia, pois ele era 1º Dan em Tae Kwon Do. Sim, ela o conhecia da acadêmia que ela treinava.

Titubeei por um momento, mas fui. E ela era assim, gostava da guerra. Me avisou que eu não deveria ir, mas não me impediu de ir até lá. Não me segurou, não falou uma segunda vez. O que penso hoje, é que ela entendia minha natureza, e sabia que seria pior me segurar e impedir aquilo.

Pois bem, quando fui pra cima do animal, não vi nada, como sempre, me entreguei a barbarie, peguei uma garrafa dando bobeira em uma outra mesa, e acertei-lhe em cheio nas têmporas. Como um bárbaro, cai em cima dele e desferi murros que sabia que ele não teria como impedir pela natureza de sua arte marcial.

Ao fim, creio que no máximo uns 2 minutos de briga, corri para ela e agarrei sua mão. Corremos, sorríamos. Esse era nosso vício, a guerra.

Não soube do garoto, nem me importava. Porque tinha saciado minha necessidade, e ela também.

A partir de então, entramos num vórtice de guerras cotidianas que nos levaram a inúmeros machucados, socos e pontapés. Sempre com outros. E foi um tempo mágico.

Não me arrependo desses dias. Acho que quem apanhou mereceu. Assim como eu apanhei mais do que surrei e mereci isso. Eu era um babaca.

Hoje, não tramo guerras, não vejo motivos.

Hoje, a guerra está vencida.

Mas nunca, esquecerei aquele sorriso de satisfação e a frase que surgiu assim que nos beijamos em algum muro: "Otário, mereceu aquela surra. E você, meu guerreiro, mostrou como defender uma dama."

É difícil recomeçar. Foi difícil enterrar seus ossos.

E agora, mais velho, mais calmo e mais tranquilo. Vejo nessa garota, a do dois contos, o mesmo brilho no olhar que vi um dia.

Sei o quanto ela entende minha natureza e me aceita mesmo com isso.

Espero ainda ter tempo, para amar como deveria.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O UNIVERSO PARTICULAR ou O FIM DO MUNDO DE CADA QUAL.

O fim do mundo pode ser vivido e visto de várias maneiras. Cada qual com o seu. Vejamos a semana. Na segunda meu mundo começa. Acordo, mal humorado, ando de ônibus, chego ao trabalho e percebo que o universo de outras pessoas tambem começou. Me divirto, me estresso, trabalho muito, e durante todos os dias da semana, grandes tragédias acontecem, grandes vitórias tambem. Evoluo até o máximo (com uma piada nova ou um novo atalho). Ai chega a sexta-feira, catastrófica como todo fim do mundo. Tudo explode, os nervos são testados ao extremo, o tempo se distorce (a hora não passa), a impaciência, a descrença, o amor, o ódio, tudo se embola num negócio só que a gente nem vê o que é e de repente.... O silêncio mais barulhento que se tem, o som do vácuo, o silêncio da explosão. E tudo acaba, tudo não tem importância. Acabou o mundo.
Sábado e domingo não contam, são hiatos, apenas dias de esquecer que um dia um universo existiu e pensar como seria bom começar um universo.
No meu universo particular vivem coisas que só eu vejo, só eu converso. E as vezes penso se não imagino isso tudo. Mas convenhamos, o que é a realidade senão a mistura dos nossos sentidos armazenada no que chamamos de memoria. Não há como provar o que é real. Então ficção ou realidade, não importa, não quero mais usar isso.

Eu 3.0 ou As coisas em seu lugar ou O novo começo no lugar do começo ou Leaving Las Vegas



É engraçado como as coisas são. No voo (agora sem acento né?) de Campinas até Curitiba, o cara que sentou ao meu lado puxou papo. Não sou muito bom em bater papo com desconhecidos, aliás, acho que nem com conhecidos, sei lá qual é. Bom, engraçadamente a conversa fluiu, ele me falou que era de Castro, uma cidadezinha ainda menor que Ponta Grossa, mas o importante não foi a conversa em si, mas a atitude, não a dele, mas a minha. Percebi que enquanto conversava com o camarada, meu sotaque ia invariavelmente voltando ao sotaque sulista.
O sotaque sullista tem uma música, que só quem é daqui e passou muito tempo fora fica feliz em ouvir, porque é um sotaque sulista, e sotaques sulistas são sulistas em qualquer lugar do mundo. O sotaque do sul da frança é melódico, o sotaque do sul dos EUA, é doce, e por ai vai, em qualquer lugar do mundo, os sulistas serão caipiras. E o sotaque nos entrega. É um r puxado, uns verbos inexistentes e totalmente dispensáveis ao fim das orações. Mas é melodico.
E o sotaque foi se consolidando conforme eu ia chegando mais perto de Ponta Grossa, e quando cheguei em Curitiba, na rodoviária, já estava com todos os erres no lugar e embarcando no portão Ê e não no portão É. Faz diferença.
Quando desci em Curitiba, garoava. Garoa é um fenômeno conhecido dos baianos e nordestinos em geral por chuva ou inverno. Bom, cheguei aqui na estação chamada inverno, em Curitiba estava uns 6 graus com sensação térmica, por causa do vento e garoa de uns 2 eu acho. Frio de rachar os ossos. Desci no aeroporto de manhazinha, umas 6 eu acho. Não peguei ônibus ou táxi diretamente para a rodoviária. dei uma volta por ali mesmo, fui até a saída, estava vazio, fui até o fim do embarque, acendi um cigarro, e sorri. Tremendo de frio, sorri. Não um riso alegre ou uma gargalhada, foi um riso frouxo, uma satisfação em sentir frio.

Nesse tempo em que não estive aqui, eu estive lá, porque por definição física, meu corpo tinha que estar em algum lugar. Já por definição filosófica, minha mente vagava por inúmeors lugares.
Enquanto estive por lá, ouvi histórias, participei de histórias, mudei histórias e escrevi histórias.
Nem sempre essas histórias foram com final feliz, a bem da verdade, acho que nenhuma das histórias (ouvidas, participadas, mudadas e escritas) tiveram final. Elas nunca acabaram, passei pela vida de muitas pessoas, algumas vezes passei destrutivamente, em outras, me destrui, e em todas, meu coração ficou marcado.

Chegar em casa é ótimo, apesar do medo das coisas estarem diferentes e eu não conseguir me encaixar nessa diferença, as coisas foram boas, e continuam bem.

Nunca soube direito o que me levou lá. Sempre tive algo pra justificar, mas nunca consegui direito.

A dor sempre foi forte, e não vou falar na dor de novo. Porque só vale a pena se tiver como resolver a dor. Para dor de cabeça, dorflex, para dor nas articulações, um bom antiinflamatório, para dor de estomago, um sal de frutas. Mas para dor de alma? Tem não. Pode-se dizer que para esquecer alguem, outro alguem. Pode-se dizer que para esquecer a morte, apenas a vida. Todos esses remédios são placebos, funcionam para alguns e para outros não fazem efeito nenhum.
Então não vou falar da dor, porque não tem cura, não tem jeito de refazer o que foi feito, ou de desfazer o que foi feito.
Arrependimento é uma palavra que expressa de uma forma frouxa o que sinto. Saudade não diz muita coisa sobre essa dor.

O duro é olhar no rosto da pequena e ver o brilho dos olhos que eu nunca esqueci. É ver a personalidade dela se formar exatamente igual.

Mas vou levando, fé cega no presente. O que quero fazer vai ser feito no agora, não vou esperar o futuro. Não vou me enganar. O tempo dos doces passou.

Vou querer o que sempre quis. Paz. só. Se quiser vir comigo, venha.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Hurt (Johnny Cash)
Machuquei

I hurt myself today, to see if I still feel,
Machuquei a mim mesmo hoje, pra ver se eu ainda sinto,

I focus on the pain, the only thing that's real
Eu focalizo a dor, é a única coisa real

The neddle tears a hole, the old familiar sting,
A agulha abre um buraco, a velha picada familiar

Try to kill it all away, but I remember everything...
Tento matá-la de todos os jeitos, mas eu me lembro de tudo...

What have I become? My sweetest friend,
O que eu me tornei? Meu doce amigo,

Everyone I know, goes away in the end,
Todos que eu conheço, vão embora no final

And you could have it all,
E você poderia ter tudo isso

My empire of dirt,
Meu império de sujeira

I'll let you down
Eu vou deixar você pra baixo

I will make you hurt
Eu vou fazer você sofrer

I wear this crown of thorns, upon my liar's chair,
Eu uso essa coroa de espinhos, sentando no meu trono de mentiras,

Full of broken thoughts, I cannot repair,
Cheio de pensamentos quebrados, que eu não posso consertar,

Beneath the stains of time, the feeling disappear,
Debaixo das manchas do tempo, os sentimentos desaparecem

You are someone else, I am still right here.
Você é outro alguém, eu ainda estou bem aqui

What have I become? My sweetest friend,
O que eu me tornei? Meu doce amigo,

Everyone I know, goes away in the end,
Todos que eu conheço vão embora no final

And you could have it all,
E você poderia ter tudo isso

My empire of dirt,
Meu império de sujeira

I'll let you down
Eu vou deixar você pra baixo

I will make you hurt
Eu vou fazer você sofrer

If I could start again, a million miles away,
Se eu pudesse começar de novo, a milhões de milhas daqui

I would keep myself, I would find a way...
Eu poderia me encontrar, eu poderia achar um caminho



Tem dias que eu me sinto exatamente assim, não é todo dia, apenas uns sete dias po semana.
Existem coisas na minha cabeça que não param de se repetir, cenas, vozes, frases inteiras, frases pelos pedaços, orações, rnacor, ódio, sentimentos que vão e vem. Não consigo mais passar um dia sem pensar nessas coisas e no que aconteceu. Estou sentindo uma pressão forte na cabeça e estou com medo de ficar doido.
Fiz planos, de novo. Mas como sempre esses planos dependem de uma virada na minha vida. De novo. Não tenho medo da mudança e sei exatamente o que fazer. O problema é que pode não dar certo e eu ter que descer (mais) uns degraus na minha vida.
Mas pra quem já esteve no lixo, bife é jantar de rico.
Os riscos são grandes, mas a recompensa é maior.
Não vou protelar minhas decisões de novo. Nunca mais. E tudo começa agora. Dia 7, meu número a sorte.

Espero que Deus tenha piedade da minha alma, que ele perdoe os pecados que irei cometar agora, e que ele salve a alma daqueles que vão cruzar o meu caminho.

E que Ele exista, ou não. É melho assim.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Não queria falar sobre isso, acho que hoje não queria falar sobre nada, nem com ninguém. Dia 16 de abril de 2009 se torna oficialmente o dia mais triste da minha história.
Uma estrela brilha mais forte no céu que minha filha vê. Na sua inocência é mais fácil fazer ela acreditar que a mãe continua viva em outro lugar do que lhe mostrar a verdade crua que eu vejo.
Nossa era é rápida demais, tão rápida que as notícias chegam como um soco no estômago. Você se acostuma a abrir o seu orkut, olhar os recados idiotas na maioria das vezes, ver depoimentos que são conversas ou declarações frias, mas nada muito relevante. Ai um belo dia alguém avisa que outro alguém morreu.
Ela era jovem, 25 anos. Inteligente, vivia de uma maneira alucinada que sempre me encantou e me afastou. Tive medo. Tive vontade. Tive amor. Tive ódio. Agora nada mais importa.
Uma fatalidade, uma inconsequência, um passo em falso e ela se foi. A cena descrita pra mim não é para qualquer estômago: "o crânio abriu, e ela ficou toda arrebentada, não teve chance, mas pelo menos não deve ter sentido dor".
Minha filha perguntou se havia saído muito sangue, menti, disse que não. Disse que a mamãe estaria lá no céu ohando por ela, e vendo ela crescer. A pequea Lilith não entende muito bem ainda a perda, seus sentimentos ainda não estão totalmente desenvolvidos, ela não tem medo, nem tristeza, mas logo ela vai sentr falta da mãe. E eu tambem.

Eu não sei o que fazer agora, não quero acreditar que Alice morreu. É muito dificil conviver com essa verdade. To meio tonto. To doente.
Sonhei com ela na noite em que morreu, apenas uma coincidência, mas mexeu comigo.
Amei essa mulher. Mais do que a mim mesmo. E nunca tive a chance de dizer isso a ela, e agora vou ter que conviver com esse remorço pelo resto da minha vida.
Ela deixou muita gente chorando, mas a maioria tem alguém a abraçar.
Eu vou chorar sozinho, escondido, por horas, por dias , por anos.
Queria ter pedido desculpas.
Só hoje eu queria acreditar em Deus. Só hoje eu queria poder me confortar e pensar que ela está num lugar melhor. Só hoje queria voltar no tempo, uma semana atrás e impedir que isso acontecesse.
Afinal, talvez você tivesse razão e esse mundo fosse pequeno demais para nós dois. Mas eu deveria ter partido e não você. Eu me afastei por nós, eu fui o mais longe que podia para poder vivermos em paz.
E agora Alice? O que que eu faço com as lágrimas que teimam em descer dos meus olhos cada vez que vejo o rosto da nossa filha e nela vejo o seu brilho?
Comecei a tomar ritalina de novo e o psicólogo recomendou um antidepressivo. Não vou tomar antidepressivo porque o mundo ficou mais triste hoje e essa tristeza vai durar. Esse nó na garganta vai ficar aqui, só para eu lembrar de nunca mais protelar uma decisão.
Na quinta choveu torrencialmente em feira de santana, acho que na sexta choveu em ponta grossa. Aqui em feira o tempo continua ruim, fechado. Mas eu prometo que vou sorrir de novo. Não do mesmo jeito, mas vou sorrir.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

31 de outubro de 2003 - 10:32

Nessa data, e nessa hora, eu tive um dos dias mais felizes da minha vida...




É dificil ser eu.
Mas talvez se eu fosse outra pessoa, tambem diria que é dificil ser eu.
Tenho a mania de exagerar um pouco as coisas.
Acho que estou na fase mais introspectiva e egoísta da minha vida, e eu acho que era isso que faltava para dar um rumo a essa história.
Chega de pensar nos outros, tenho um plano que tento realizar a pelo menos cinco longos anos, e nada deu certo porque simplesmente tomava desvios na sequencia, sempre houve uma pedra, um atalho (ou algo que parecesse isso).
Agora não. Não vou desviar e vou arrancar a minha vida de mim, sem suicídio, apenas fazendo o que deveria ter feito antes.
Tive a oportunidade de mudar tudo isso. Mas não mudei, hora por preguiça, hora por desorganização.
Agora vai ser diferente.

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Hoje é o aniversário de minha filha.
Eu queria fazer duas coisas hoje. A primeira é abraçar a minha filha e não largar nunca mais, encher ela de presentes, beijar, abraçar, fazer ela dormir no meu colo, queria congelar o tempo, e fazer esse dia não ter fim. Queria estar com ela, muito, muito mesmo. Mas isso não é um conto de fadas, e com a força do pensamento não consigo fazer essas coisas simplesmente acontecerem. Então vou lutar, correr atrás. Vou fazer meus pensamentos me levarem ao meu objetivo.
A segunda coisa, é olhar nos olhos de Alice e pedir desculpas. Apenas desculpas, e levar uma surra de arrancar os dentes dela, queria que com cada murro e chute que levasse dela, ela esvaziasse um pouco a raiva, o rancor, o ódio e o sofrimento que eu fiz ela passar. Queria carregar o triplo do sofrimento que ela carrega nos ombros. Apanharia quieto, sem sorriso e sem choro, aguentaria toda a dor do mundo. Porque mereço, e apenas isso.


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Então, feliz aniversário, Lilith Jonsson Stawski.
E feliz aniversário Alice.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

"O sofrimento é o intervalo entre duas felicidades" - Vinícius de Moraes, O cara.

A fidelidade é a maior prova de amor que pode existir... Escutei isso na novela ontem (sim, assisto novela, algumas, e gosto, de algumas). É verdade, mas e quando a fidelidade não é reconhecida?

É como entregar um bouquet (acho que é assim que escreve) de rosas para aquela mocinha e ela simplesmente olhar e dizer obrigado, meio chocho, e você pensa então que aquilo não foi impactante, que não surtiu o efeito necessário. Ai você entrega à ela, um caminhão de rosas. A reação é a mesma. Ai você pensa que talvez um mar de rosas consiga mover aquela pedra, ai leva um bom tempo coletando todas das rosas do mundo (isso pode levar a uma crise como a crise das tulipas), e as entrega a sua mocinha, e a reação é a mesma.

O pensamento que me vem a mente, é que todo mundo já entregou um mar de rosas a essa mocinha e ela acha isso normal, natural, quase uma obrigação sua. Ou que aquilo não passa de um ato machista e impositor de uma sociedade mais machista ainda. Mas esse pensamento está descartado, a mocinha não é feminista, talvez nem saiba o que é ser feminista, mas isso é outra história.

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Eu sou do tipo que se apaixona.

E se apaixona de um jeito idiota. Rápido demais.

Isso pode parecer bom, mas não é. eu me apaixono não pela pessoa, mas pelo que eu acho que a pessoa é ou possa ser. Aí que fode tudo, porque quando você conhece a pessoa direito e vê que ela não é nem a metade daquilo que você idealizou, já é tarde demais.

Eu sou do tipo que se faz apaixonar.

E sou do tipo que se faz apaixonar de um jeito idiota.

Entrego flores, gravo cds com as músicas prediletas. Conheço os pais, dou presente pro sogro, tento conquistar o cachorro. Não sou do sujeito que se acha, não sou encantador, não sou bonito. Mas aprendi que o amor é uma coisa que se conquista diariamente, de todas as formas possíveis. E faço isso. Conquisto, invento jogos, agrado.

Eu sou do tipo que sofre.

E sofre de um jeito idiota.

A melhor maneira de um apaixonado idiota manter seu vício de paixão, é fazendo a outra pessoa se apaixonar, tão rápido seja o possível. Aí que mora o perigo. A pessoa se apaixona, mas quando isso acontece, já não vale mais a pena.

É quando começa o sofrimento. Uma espécie de sentimento de culpa corrói a alma. É tão difícil abandonar aquela pessoa, a qual, julgo, faz de mim seu objeto da mais ardorosa paixão. Pode parecer pena, mas na verdade é o medo de se sentir culpado depois. Medo de gerar uma angústia tão profunda no outro. Medo de que o outro perca o desejo da paixão pelo resto da vida. Medo de que o outro perca a crença no amor.

Ai me enrolo, finjo que gosto, forço que gosto, tento encontrar um amor que já não existe mais em mim. Porque acho que se eu deixar essa pessoa, vou sair como mentiroso.

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Estou numa situação que está me deixando em frangalhos e eu não faço a mínima idéia de como sair dela...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

É foda.

Essa frase faz parte de mim já de tanto que eu a repito na minha vida. Se alguma coisa vai mal, digo é foda, meio tristonho, meio cabisbaixo. Se a coisa é boa, digo todo animado: É foda, a plenos pulmões. Se alguém me conta alguma história, triste ou alegrem e eu não entendo bem, ou to com preguiça de argumentar ou simplesmente sei que a pessoa não concorda com meu ponto de vista e nem ai entender isso, concordo dizendo: é foda.
Mas dessa vez não é foda, TÁ FODA. To cansado.
To estressado.
To precisando de um tempo do meus sentimentos. To esbugalhado de verdade. Nunca estive assim. Amei demais, muito mais do que devia, "nunca deixe as pessoas se aproximarem demais de você" me disseram isso um dia e ontem vi num filme, Juventude Assassina, meio fraquinho, mas interessante ao mesmo tempo. Deixei ela se aproximar demais do velho Andy. Mostrei pra ela todas as minhas feridas, pra segundos depois eu ter que escondê-los de novo. Culpa minha, pré conceituei uma pessoa e encontrei outra e a tempos não caia nesse equivoco.
Quando isso acontece, crio expectativas demais, fantasio uma vida inteira, e vivo nessa esquizofrenia forçada, enxergando apenas aquilo que me agrada.
Decepcionei-me. Ela não pode me dar aquilo que eu queria. A realidade não condisse com o que eu esperava, e mais uma vez cai.
Eu não uso pára-quedas, então caio rápido, e eu não uso aquelas cordas de bunge jump, não tem volta. Posso tentar escalar, mas já desci uma vez e subi de novo, agora já estou cansado pra subir mais uma vez de novo outra vez.
Eu não sei como eu estou, deixei as máscaras de lado por um tempo. Estou normal, e a maior parte das pessoas que eu convivo, nos últimos três anos pelo menos, não conhecem a minha cara sem máscara. Como um palhaço sem maquiagem, eu perco a graça, eu fico chato. Eu fico como eu sou. Eu to muito cansado.
Não sinto vontade de chorar, não consigo, nem sei se choro quando eu sou eu mesmo. Não sinto vontade de brigar. Não sinto saudade, nem amor, nem desamor.
Não é um vazio, porque vazio faz falta, é apenas nada. Normal.
Não é tristeza. É que sou assim sem máscara.
Uma única vontade me guia agora. Novo piercing e terminar minha tatuagem.
Talvez seja a necessidade de auto flagelação, quem vai saber, só sei que assim vou me acalmar. Talvez eu faça um furo ou dois hoje ainda. Talvez eu chore, talvez eu de risada.
Mas o mais provável é que eu não faça nada. Absolutamente nada até amanhã de manhã. Ou até o resto da semana.
Só sei que a única certeza que eu vou levar dessa fase de novo é que nunca mais vou criar expectativas sobre ninguém. As pessoas são decepcionantes.
E eu também sou uma pessoa, sou decepcionante, mas eu sei e assumo isso.

Não se preocupem. Solidão é a única coisa que eu preciso agora. Eu sei lidar com o que estou sentindo, não tente dar uma de médico, porque não estou doente, só estou sendo eu mesmo. Simples assim, eu me auto medico. Não quero nada.

Quando os cortes da cara estiverem cicatrizados, eu coloco a máscara de novo e peço desculpas, por enquanto, me deixem em paz um pouquinho.

sábado, 16 de agosto de 2008

Bailado...

Não Sei Dançar (na voz de Marina Lima - não tenho certeza se ela é a compositora)

Às vezes eu quero chorar
Mas o dia nasce e eu esqueço
Meus olhos se escondem
Onde explodem paixões
E tudo que eu posso te dar
É solidão com vista pro mar
Ou outra coisa pra lembrar
Às vezes eu quero demais
E eu nunca sei se eu mereço
Os quartos escuros pulsam
E pedem por nós
E tudo que eu posso te dar
É solidão com vista pro mar
Ou outra coisa pra lembrar
Se você quiser eu posso tentar mas
Eu não sei dançar
Tão devagar pra te acompanhar


Não precisa dizer muito mais......

sábado, 9 de agosto de 2008

Tudo vem ao seu tempo. Não ao seu tempo, não ao meu.
Meu tempo corre, meu tempo é o agora, meu tempo é a cada segundo uma virada, uma guinada, um chute e talvez um acerto, a sapiência não é uma dádiva, é um infortúnio. Saber os sinais que nos mostra o caminho certo podem nos atrapalhar mais do que ajudar, essa sapiência atrapalha, nos torna preguiçosos, esperançosos no irreal, crentes na "providência divina" (seja qual for a divindade escolhida).
Se existe um deus (ou vários), ele é mal. Então prefiro não acreditar na existência dele. Prefiro brigar pelo que eu quero ao invés de esperar que ele me dê algo.
O meu tempo é de guerra, é de briga.
O meu tempo é incompativel com o teu.
Teu relógio está atrasado.
E o meu adiantado.
Teu tempo é o será, o meu é o já foi.
Esperar as coisas estarem certas para iniciar um projeto é o erro das más construções da alma. Não se pode ter duas almas perfeitas lado a lado, tem-se que tê-las imperfeitas, porque perfeitas não se encaixam, em construção se moldam uma a outra.
Eu não sou perfeito, nunca fui e de certo modo busquei a imperfeição como modo de vida, porque o perfeito se mantém, eu mudo, e volto, e digo e desdigo.
Falo e desfalo, prometo e desprometo, prometo e não cumpro, cumpro o que não prometo.
Vivo.
Erro.
Minto.
Sou sincero.
Melhoro minhas verdades.
Sou uma rocha.
Sou uma bosta mole.
A verdade absoluta pra mim é uma incongruência, por isso mudo de idéia assim que novos fatos surgem para clarear minhas dúvidas, vivendo assim minhas certezas não se desmoronam, porque não as tenho. Tenho consciência do que sou, um tudo ao mesmo tempo que nada, uma inconstancia, uma mistura de um monte de coisa que forma o nada. Um cérebro acordado e uma alma insaciável. Uma minhoca num buraco de tatu.
A sintonia é mais impotante que o amor, ela nos faz ter objetivos comuns, ela nos faz querermos coisas que agradem a nós dois, porque agradando a um, agradamos ao outro também,

sábado, 24 de maio de 2008

I´m back

7:15 da manhã do dia 24 de maio de 2008, 24 horas e meia acordado, sem contar que na última noite dormi mai ou menos umas 2 horas e meia. O suficiente para o meu corpo, o suficiene pro meu cerébro pegar no tranco e desencadear a escrever. É estranho ficar tanto tempo acordado, os músculos doem, o corpo fica pesado, os olhos querem fechar mas quando fecham, teimam em abrir novamente.

Pensando um pouco, não tenho nada do que reclamar, não sinto falta de nada, apenas o de sempre, mas acho que aprendi a conviver com esses fantasmas. Encaro isso mais ou menos como um ex-drogado, comemorando mais um dia sem usar, e acordando pensando com força que apenas por hoje eu não uso. Complicado, mas fazer o que? Não sei se posso resolver as coisas do meu passado, não sei se posso e não sei se quero.


"Olhe nos meus olhos e veja o inferno,
Não há nada de ruim ou espantoso no inferno,
É exatamente isso que você está vendo,
Seu próprio reflexo."

Assim como há deus em todos nós, há também o inferno, brilhante, com luz.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Será;????

Me seu uma puta vontade de escrever nessa merda de novo...



Porque será?????